Fim das Férias, Rio de Janeiro e Mônica

Olá pessoas vaidosas. Que saudade, mais de 20 dias longe de vocês, juro, uma tortura pura, mas em compensação eu estava numa cidade que acelera constantemente meu coração, como é bom andar sem muito destino no Rio de Janeiro, adentrar em sua história, que reflete não só uma cidade, mas também um país inteiro.

Depois de muito sol e uma beleza que vai muito além das paisagens deslumbrantes, eis que surge no meu caminho, mas precisamente em Ipanema, posto 9, uma mulher que aqueceu meu coração, e é sobre ela a atenção especial neste texto de retorno do Blog:

Mônica, uma mulher de 37 anos, mas com aparência de 47, natural do Rio, apenas uma irmã, não gosta de comer, formada em comunicação, fumante, sem filhos, apaixonada em Itacaré, uma pequena cidade ao sul da Bahia e com lindos pares de olhos verdes claros. É quase tudo que sei de Mônica, mas o que mais me chamou atenção nessas cerca de 2 horas que passamos juntos, foi seu amor, ternura, educação e um poder quase que celestial de nos despertar um grande amor pela vida.

Um beijo na minha perna, um cigarro bolado, vários sorrisos, e entre os assuntos falados, muitas palavras cativantes, que você jamais pensaria ouvir saia de forma natural de sua boca. "Edu, você é muito importante pra mim", "Seu sotaque de mineiro é lindo (mas Mônica, eu sou de Goiânia, Goiás, rsrsr)".

Nossa relação foi muito além da troca, afinal comprei dela algumas fitinhas peruanas, mas ela confiou a mim sua mercadoria valiosa e seu dinheiro para tomar sozinha seus banhos de mar, ofereceu gentilmente seu filtro solar para minha proteção, ofereceu sua água para minha hidratação, afinal, o sol do Rio, como ela mesmo diz, desidrata qualquer um. A grande verdade é que Mônica tem um rosto marcado por uma vida sem destino, de muito sol e experiências fortes.

Brincamos, disse a ela que nossa amizade repentina, já virou música (Eduardo e Mônica), e a cada minuto que passava ela me surpreendia com seu infinito amor, ficar do lado dela foi como flutuar numa nuvem. Mônica nunca seguiu os destinos de seu diploma, como ela mesma disse, o diploma foi entregue aos pais como presente, Mônica gosta de viajar, conhecer pessoas, e viver a vida de forma intensa e sem muitos limites.

Não dá para descrever em detalhes toda nossa conversa, também não é a intenção revelar nosso papo na areia, mas conhecer Mônica foi pra mim o maior presente destes dias na cidade maravilhosa. Agora quero conhecer Itacaré, uma cidade que mudou a vida dela, e que promete ser tão bela quanto à pessoa que a mim apresentou. Mônica mesmo em silêncio transmitia algo que nunca ninguém um dia foi capaz de causar em mim, dela não sei nem o sobrenome, apenas um e-mail anotado num cupom fiscal, 2 números de telefones e vários abraços de despedida.

Num Blog que fala de forma geral sobre beleza estética, Mônica com sua pele tão marcada pelos seus passos, me revelou uma beleza que jamais poderei encontrar nos meus caros pontinhos, me mostrou a beleza da alma.